quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ESSA DROGA DE EVANGELHO









Sei que é um assunto meio que maçante, mas olhando em minha volta tenho notado que essa doença tem virado epidemia nos âmbitos evangélicos.
Mas creio que é sempre relevante tratarmos de tais doenças,  que é importante fazermos a prevenção através da orientação, e dentro desse propósito eu quero dizer o que  o evangelho me faz pensar sobre isso.
Estive pensando em como a maioria do povo que se considera evangélico tem relacionado suas vidas e até em relação ao que chamam de culto. E em cima disso vou usar como analogia as drogas.
O povo evangélico tem se tornado verdadeiros drogados espirituais, pelo simples fato de se permitirem experimentar outras coisas, tem se deixado influenciar pelas falácias de muitos enganadores e verdadeiros traficantes da palavra.

Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós? Gálatas 3:1
“Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? Gálatas 3:3

Palavra essa que não é verdadeira, pois se fosse verdadeira os libertariam, e não os deixavam mais presos, escravizados e viciados nesses sofismas, sendo assim, um falso evangelho é hiper prejudicial e nocivo para a saúde tanto no que abrange a fé, como também a vida.
O falso Evangelho não alimenta, não salva, ele apenas engana o estômago, a alma e depois mata a fé.
Todo vício possui níveis e tipos de dependência e isso varia de cada um, de acordo com a sua ambição e ganância, por exemplo: uns querem se drogar de revelações, outros de profecias, outros de moveres, outros de prosperidade, outros de domínio, outros de poder etc.
O grande atrativo da droga são os efeitos que ela causa e no caso da religião também não foge disso. É comum semana após semana ver as pessoas voltando aos traficantes (igrejas que vendem a palavra adulterada) pegar sua porçãozinha, deixar ali seu dinheirinho e se entorpecer de calafrios, de sensações, se pulos e gritos, viajam na irrealidade, se jactam de poder, de um pseudo-espiritualismo e etc.
Como todo drogado, cada vez mais eles procuram uma quantidade maior da droga que lhes satisfaça, de modo que estão satisfeitos momentaneamente, mas logo em seguida aquilo não atende mais as suas expectativas e o aumento da dosagem é certo, isso se chama tolerância.
Da mesma maneira é o drogado espiritual, assim que adquire a tolerância de doutrinas e sofismas, Jesus e o Evangelho já não é mais suficiente, e é aí que caminham para o fundo do poço, como diria Paul Washer  

“Para quem vive de doutrinas humanas e mentiras, Jesus e o  Evangelho são pequenas coisas.”

Existem muitos que não querem ser ajudados, até porque já estão intoxicados e não querem receber a cura, pois onde estão lhes proporciona um prazer, e ficam ariscos só de pensar que existe a possibilidade de um dia ter que renunciar tudo isso.
Alguns outros, até tentam, se esforçam, procuram ajuda e até acham, mas logo em seguida são pegos pela abstinência. Passam mal, sofrem, ficam  fissurados e até mesmo tristes e depressivos.
E esses são os mais difíceis de serem libertos, pois mesmo sabendo que aquilo não é bom, se voltam para aquilo como se fosse a melhor coisa do mundo, como diz uma frase de Voltaire

"Difícil é libertar o tolo que reverencia suas correntes” e também  torna factual o que diz o provérbio “O cão volta ao próprio vômito”

Infelizmente, para sair disso, primeiramente à pessoa deve querer, e essa atitude é que mostra se essa pessoa realmente é uma escolhida de deus, pois um escolhido, um discípulo mesmo que por algum tempo sendo enganado seu desejo e seu espírito sempre se inclinará para a verdade até que essa lhe abra os olhos e enfim é chegada a cura.
E o processo de cura como sabemos é gradual até que ocorra a desintoxicação. E isso só acontece quando ingerimos o verdadeiro Evangelho.
Devemos sim fazer essa transfusão, devemos sim disponibilizar esse banco de sangue, do Evangelho que cura, devemos sim criar clínicas de tratamento, mas uma coisa não podemos, é forçar ninguém a nada, devemos orar e clamar para que o Espírito Santo os convençam disso.

Leandro Canhota.
SP-01/2013

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